miércoles, 9 de septiembre de 2009

O comércio com o Brasil e a comunidade mercantil em Moçambique (séc. XVIII)

O comércio com o Brasil e a comunidade mercantil em Moçambique
(séc. XVIII)
Luís Frederico Dias Antunes
Departamento de Ciências Humanas
Instituto de Investigação Científica Tropical

Na realidade, a Casa do Rio de Janeiro deu um importante contributo para a constituição
de um pequeno grupo armador que ajudasse no desenvolvimento do comércio interno da colónia, na medida em que, até meados do século XVIII, Moçambique não dispunha de embarcações em
número suficiente para fazer face à crescente demanda de escravos e marfim levada a efeito por
comerciantes franceses e indianos
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Os Rosário Monteiro, o pai Joaquim e o filho Eleutério, que eram os mais importantes
armadores e negreiros, detentores de avultados capitais de giro e que ocuparam durante décadas
o cargo de selador da alfândega.
Também a família Silva Guedes, o pai João ocupou durante longo tempo o cargo de escri-
vão da alfândega da capital, enquanto que o primogénito Vicente foi secretário do governo e, mais tarde, escrivão-mor da colónia. João da Silva Guedes participou no tráfico de escravos com as Maurícias e o Brasil, pelo menos desde a década de 1780, transformando-se juntamente com o
goês Joaquim do Rosário Monteiro num um dos maiores comerciantes de escravos e armadores
da ilha de Moçambique
24. As ligações de amizade, familiares e de companhia dos Guedes com
os Ferreira da Graça e os Costa Portugal foram fortes. João da Silva Guedes foi compadre do
negociante Francisco Ferreira da Graça e de D. Josefa da Costa Portugal, por se padrinho de
baptismo do seu filho João, nascido em Setembro de 1803 25. As relações de parceria entre João
da Silva Guedes e aquelas famílias recuavam ao tempo dos avós do seu afilhado.
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/eaar/coloquio/comunicacoes/luis_frederico_antunes.pdf

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