miércoles, 9 de septiembre de 2009

3.3 DOS REINÓIS, PATRÍCIOS, GOESES E ALGUNS BRASILEIROS; OU DOS BRANCOS E OUTROS NÃO TÃO BRANCOS ASSIM

3.3 DOS REINÓIS, PATRÍCIOS, GOESES E ALGUNS BRASILEIROS; OU DOS BRANCOS E OUTROS NÃO TÃO BRANCOS ASSIM
.........O secretário de governo António Pinto de Miranda fez algumas observações a respeito da vida cotidiana dos colonos portugueses na Zambézia, por volta de 1766. Segundo ele o português,
Hé todo afidalgado desde o mais infimo athé o mais superior. (...) cazão com alguãs senhoras naturais e outras que de Goa descendem: e como todas são possuidoras de terras e famulos, jamais cuidão em a cultivação dellas, ou na boa disciplina daquelles.278
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Nos tempos anteriores em que havia mais Portuguezes reinoes, desprezava-se a mais ordinaria, e escura Mulher d’estas Famillias, de se misturar ou cazar com algum dos Naturaes de Goa chamados Canarins. Elles mesmos se não attrevião a buscar aquelles mesmos Cazamentos, e se prezavão muito ellas cazarem-se com os brancos, tanto pelo desprezo com que olhavão para os Canarins, como para se approveitarem dos prazos da Coroa, que na conformidade das Ordens de Sua Magestade se devem conferir às mulheres daquelles Rios, que cazarem com Portuguezes Reinoes; agora porem que o numero dos Canarins he maior e por assim dizer he o partido dominante dos Rios de Senna, já se perdeo aquelle capricho, e os dittos Canarins sendo aliás molles, pusilanimes e semi-caffres em Costumes, são bastantemente astuçiozos e soberbos para fazerem seus conclaves, e buscarem os meios de se appossarem d’estes melhores cazamentos, e para excluirem os Portuguezes de quem são inimigos Jurados.285
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Na sua maioria, os portugueses da Ilha de Moçambique estavam ligados ao comércio, desde os oficiais do governo, aos militares e clérigos. Agiam como intermediários dos importadores baneanes, trocando as mercadorias da Índia, por marfim, escravos e alimentos no Mossuril, durante a época da feira dos macuas e mujaus.
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/7418/1/JRBPortella_tese.pdf

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