miércoles, 9 de septiembre de 2009

Comercio entre Goa-Mozambique y Brasil

O alvará de 2 de abril de 1811 anulou a legislação anterior que vedava o comércio direto entre os portos brasileiros e outros portos dos domínios portugueses.
Em última análise, tendo em vista que esse já se dava, intensamente e sem oposição da Metrópole, entre o Brasil e a África, o alvará só tinha, na prática, o efeito de legalizar o comércio brasileiro com a Índia. Embora proibido, não era incomum que barcos saídos de Goa a caminho de Portugal, e que paravam em Moçambique, alegassem razões de emergência – falta de alimentos ou de água, doenças ou necessidades de consertos – para ancorar em portos brasileiros
e neles descer, clandestinamente ou às escâncaras, parte da carga: algodões indianos, sedas chinesas, especiarias, porcelanas, móveis de vime e laca, assim como escravos que recolhiam nos litorais da África Índica.
Em Moçambique, o comércio de gente fora relativamente pouco importante até o início do século XVIII, quando de seus portos passaram a sair,em grande número, escravos para as plantações de açúcar das ilhas francesas do Índico e, cinqüenta anos mais tarde, para o Brasil.
http://academia.org.br/abl/media/RB%2054%20-%20PROSA.pdf?bcsi_scan_641C80716C2D7C56=0&bcsi_scan_filename=RB%2054%20-%20PROSA.pdf
O France se dirigiu a Quelimane, Moçambique, na costa sudesteda África, onde chegou no dia 29 de janeiro de 1850. Logo após suachegada, o navio foi abordado por um cruzeiro britânico. O oficial bri-tânico pediu para ver os documentos do navio. Na manhã do dia se-guinte, o oficial voltou e pediu que as escotilhas do navio fossem aber-tas. Sendo evidente que o France estava “todo equipado para uma viagem escravista”, os marinheiros britânicos apreenderam o navio. O de-poente William Anderson imediatamente atirou ao mar todos os docu-mentos oficiais fornecidos pelo consulado americano. Anderson acom-panhou o France até o Cabo da Boa Esperança, onde foi acusado decumplicidade no comércio negreiro diante da Corte para Supressão doComércio Escravista. Declarado culpado, o navio foi destruído.William Anderson voltou ao Rio de Janeiro no dia 17 de junhode 1850. Ali, ficou sabendo que Joshua Clapp havia permanecido nacidade e que Frank Smith havia ido para a Califórnia.
http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia35_pp9_35_Graden.pdf.

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